Formação de Bragança (Alto da Bandeira)

A Formação de Bragança, representada nas manchas de Torre de D. Chama, Alto da Bandeira e Alto dos Cortiços é constituída pelo Membro de Castro (inferior), predominantemente lutítico e pelo Membro de Atalaia (superior), areno-conglomerático, com estruturas sedimentares bem desenvolvidas e clastos subangulosos; formação de cor predominantemente vermelha, com carácter polimítico nas fracções grosseira e arenosa e esmectítica na fracção argilosa.

Descrição dos afloramentos (MDL3, MDL4 e MDL4 (comentada):
O perfil executado resulta de dois cortes, MDL3 e MDL4, efectuados para a exploração do depósito, com vista inicialmente ao fabrico de tijolo e actualmente como areeiro.
Definiram-se 4 sequências básicas positivas. Da sequência inferior aflora um nível espesso argiloso de cor esverdeada ou esbranquiçada e foi referida a ocorrência de um nível arenoso sob a argila. A leste, as argilas evidenciam fracturas de orientação N-S, que no contacto com a sequência seguinte tendem para a horizontalidade. Define-se assim um estreito nível com cerca de 40 cm no topo desta sequência, em que as argilas estão tectonizadas, sendo visíveis pequenas dobras que evidenciam um esforço compressivo. Um corte recente pôs a descoberto um contacto por falha inversa entre o depósito sedimentar e o substrato. A sequência que se sobrepõe é essencialmente limo-argilosa, ocorrendo na base e de forma descontínua, um nível com litofácies Gp e Sp (Miall, 1996). Esta sequência é ravinada por um episódio conglomerático. A base é caracterizada essencialmente por litofácies Gp, evidenciadas pelos planos dos clastos filíticos; transitam lateralmente com litofácies Gh, com clastos até 20 cm de dimensão. A leste, sobrepõem-se litofácies Gt e St, com evidência de canais entrecortados. Para o topo a sedimentação torna-se mais fina, com um estreito nível de areias finas de tendência laminar.
A sequência do topo está confinada a leste (MDL4). Definem-se estruturas de canais entrecortados preenchidos na base por clastos até 20 cm de dimensão e posteriormente com clastos menores em matriz arenosa, definindo litofácies Gt. No topo ocorre um estreito nível lutítico descontínuo (ver
pormenores).
A rubefacção é particularmente evidente nos níveis grosseiros sobre os quais se define a superfície topográfica e afecta indiferenciadamente qualquer das sequências.

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