Blocos graníticos
Relevos residuais graníticos
Os granitos apresentam-se, frequentemente, subdivididos em blocos cúbicos ou quadrangulares.
Como se formam? No maciço rochoso ocorrem famílias de diaclases ortogonais (perpendiculares entre si) bem desenvolvidas. As águas meteóricas, isto é, a chuva e as águas de escorrência, infiltram-se através das diaclases e vão reagir com os minerais que constituem o granito, alterando a rocha preferencialmente junto às fracturas. A meteorização e a posterior desagregação da rocha é mais rápida nos vértices e nas arestas dos blocos porque, nessas zonas, a área exposta à circulação é maior. Assim, à medida que a meteorização progride, os blocos tendem a tornar-se cada vez mais arredondados. Esta alteração diferenciada, controlada pelo diaclasamento, transforma as massas rochosas inicialmente homogéneas, dando origem a "núcleos" de rocha sã envolvidos por uma matriz de material desagregável e friável. Este material retém a humidade em torno dos núcleos de rocha sã, contribuindo para a progressão da alteração para as zonas mais internas dos blocos.
Quando sujeita à erosão, a arena é facilmente removida pelos agentes erosivos, enquanto que os núcleos tendem a ficar in situ. Uma vez expostos, a velocidade de meteorização destes blocos graníticos diminui pois deixam de estar em contacto constante com a humidade. As dimensões e a forma dos blocos dependem de numerosos factores mas reflectem, normalmente, o padrão de fracturação da rocha dando origem, por vezes, a formas particulares. Este mecanismo está na origem da ocorrência dos chamados relevos residuais que se destacam na paisagem. Estes relevos marcam uma superfície topográfica mais antiga, que existiu acima da superfície topográfica actual.
 (adaptado de Twidale,1982) |
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