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Jovens Saudáveis em Acção - Projecto Piloto de Educação Sexual

ESCOLA ES/ 3 MARTINS SARMENTO, GUIMARÃES
QUESTIONÁRIO

Objectivo: Investigar o que pensa a comunidade sobre a sexualidade e a educação sexual

*Inquiridos da idade dos nossos avós: I1(87anos, homem), I2(62anos, mulher),I3(54 anos, mulher), I4(75 anos, homem), I5 (79 anos, homem), I6 (66anos, homem), I7(58 anos, mulher), I8 (63 anos, mulher), I9 (51 anos, mulher), I10 (54anos, homem), I11(68anos, homem), I12(65anos, mulher), I13 (56 anos, homem), I14 (52 anos, mulher), I20(51anos, mulher), I21(51anos, homem).

II- RESULTADOS (cont)
II.3.1- Como eram as relações vivenciadas pelos adolescentes da sua geração relativamente à "amizade"?

A amizade era como é agora:
A amizade era como hoje. Havia amigos e falsos amigos (I32); A amizade era normal (I37); Penso que era igual à do dia de hoje. Tinhamos amigos bons e maus (I38).

A amizade era mais forte, mais sincera e a partilha dos problemas mais intensa que no presente:
As amigas eram mais "amigas" (I2); As relações de amizade eram mais sinceras (I8); Os segredos eram bem guardados e a partilha dos problemas era mais intensa (I18); Havia mais confiança entre os amigos (I31); A amizade era mais pura (I36); Havia maior amizade e sinceridade. Os amigos eram, realmente, aqueles com quem contavamos (I47).

As amizades eram intensas, sinceras, duradouras, verdadeiras, saudáveis, fortes e íntimas:
Eram muito intensas, sinceras e duradoiras (I3); Eramos muito amigos (I5); Havia amizade real e muito forte entre os elementos de cada grupo (I6); Eramos muito amigos, ajudavamo-nos uns aos outros sempre que era possível (I7);A amizade na minha geração era sagrada, havia amigos pela educação de cada um (I10); A amizade era muito boa, com muito respeito e muita amizade (I11); A amizade era muito verdadeira e muito pura (I12); Procurava-se manter a amizade em relação às pessoas com certas qualidades (I14); A amizade era muito forte (I16); A amizade quando é sincera e desinteressada vive-se sempre da mesma maneira, independentemente das gerações (I22); As amizades antigamente eram muito sérias e de confiança (I23); As relações de amizade eram bonitas e sinceras (I24); A amizade era encarada como um valor na relação de cada grupo (I25); A amizade era e é um valor muito importante (I26); A amizade era saudável (I28); A amizade era sincera e muito forte (I29); As amizades eram sinceras e enriquecedoras (I30); Era com as amigas que falavamos mais, pois não falavamos de certos assuntos em casa (I33); A amizade era duradoura e confiante (I34); Eram relações normais, com alguma dose de franqueza e honestidade (I39); Todos nós tinhamos os nossos amigos, na sua maioria mulheres, e com eles partilhavamos cumplicidades (I41); Davamos muita importância aos amigos (I42); Acho que a amizade na minha geração era pura e sem interesse (I43); A amizade era muito boa (I44); Eram ralações normais, naturais e saudáveis (I45); Era pura, saudável e divertida ! (I46); A amizade, sobretudo no sexo feminino era forte. Eram lindas e francas. Em relação ao sexo masculino era mais restrito (I48); As amizades eram vividas intensamente em grupo (turma) com laços muito fortes em relação a todos os elementos (I49).

A amizade era para se divertirem em conjunto, brincarem e estarem alegres:
Divertiam-se a dançar, a cantar e a serem amigos (I4); As relações vivenciadas pelos adolescentes relativamente à amizade eram boas, falavamos muito e divertiamo-nos (I9); Como na minha época se começava a trabalhar muito cedo, no final de semana juntavamo-nos em grupos conversando e brincando com muita alegria (I15); DE um modo geralm as amizades eram boas, como se começava a trabalhar muito cedo aproveitavam o fim de semana para se encontrarem e conviverem com muita alegria (I19); Conversavamos, contavamos anedotas e ao Domingo juntavamo-nos rapazes com raparigas (I20); A amizade no meu tempo não era muito valorizada, atribuía-se mais importância a grupos de diversão (I27); A amizade era em encontros em grupo, com adultos presentes, tal como, familiares, padres, freiras, etc. (I35); Era sair das aulas, fumar um cigarro e jogar bilhar (I40).

Outros:
O pós guerra e o aparecimento do partido comunista afectaram as relações de amizade dentro da Academia, que eram tradicionalmente muito fortes (I1); Era normal entre os rapazes, nas raparigas não era tão comum (I13); Eram amizades de trabalho, pois não davam liberddae (I17); Era trabalhar, trabalhar, trabalhar (I21).

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II.3.2- Como eram as relações vivenciadas pelos adolescentes da sua geração relativamente ao "namoro"?

Namorar é a preparação para o casamento:
Consideramos o namorar como um passo para o casamento (I1); Casavam cedo, logo namoravam muito pouco tempo, mas era um namoro sério (I2); Começavamos a namorar mais tarde para depois casar (I33); O namoro na época estava instituído como a preparação para o casamento (I39); O namoro era a sério e normalmente para sempre (I46).

Namorar é por amor, por paixão e por desejo:
Era muito salutar namorar-se por amor (I11); Viviam o namoro com entusiasmo (I24); O namoro representava o culminar da realização de desejos retraídos até essa idade (I27); O namoro foi sempre vivido como hoje com paixão, amor e respeito (I32); As relações de namoro eram muito boas (I44); As relações de namoro dantes eram com sentimentos mais fortes (I45); O namoro na adolescência é vivido como uma forma de promover no outro aquilo que nos foi transmitido. Aprender a estar próximo do outro, a respeitá-lo e a ouvir aquele que pelas suas qualidades elegemos para cuidar, mimar e amar.

O namoro era vigiado e namorava-se às escondidas:
Os adolescentes namoravam, mas sempre vigiados pelos pais, não tinham liberdade pois namoravam às escondidas (I4); Namoravam só às escondidas e às janelas (I5); O namoro era mais escondido, não é como se vê hoje em dia que às vezes até é uma pouca vergonha (I7); Eu não entendo o namoro da actualidade. Eu namorava à porta de casa e de dia. Tinha também os dias de romaria onde dava para namorar mais um bocadinho (I12); Havia poucos namoros e um bocado às escondidas (I16); Namoravamos em casa e vigiados e quando saíssemos tinhamos que vir com os irmãos (I17); O namoro era dificultado pela parte dos pais (I18); Namorava-se ele da estrada e ela da janela de casa, mas já apareciam namoradas grávidas (I21); Tinhamos muitas mais regras e restrições (I23); Era um pouco retraído, pois carecia, às vezes, da autorização dos pais (I25); O namoro era difícil e controlado ao minuto (I26); O namoro era importante mas vivido quase sempre escondido (I28); Era diferente, pois os pais não permitiam e era às escondidas (I34); Geralmente só depois dos 18 ou 21 anos é que os pais admitiam que se namorasse (I35); Os namoros eram vividos quase como proibidos e muito tardiamente (I41); O namoro era mais cuidadosa e não se namorava com facilidade, sobretudo na minha família (I48).

O namoro era com mais respeito, mais discreto e mais sério:
O namoro era respeitoso e distante (I3); Viviam o namoro com mais respeito (I8); O namoro na minha época era uma coisa mais séria do que hoje em dia. Dialogavamos e havia respeito (I9); Havia mais respeito e no início quase ninguém sabia (I13); O namoro era com recato e muitas reservas (I19); Havia mais o conceito de idade certa para namorar e menos libertinagem (I22); Na minha adolescência levavamos o namoro a sério (I29); Os namoros eram mais discretos do que actualmente (I30); O namoro era mais sério (I36); Havia muito mais respeito (I38); O namoro era levado a sério e havia respeito de um pelo outro (I43); Era uma coisa séria. Havia um grande sentido de fidelidade, sobretudo por parte das meninas (I47).

Outros:
O namoro declarado era tabu na adolescência. As escolas e liceus separavam os rapazes das raparigas (I6); O namoro é simplesmente a fase mais bonita do casal (I10); A maior parte dos adolescentes namorava para passar o tempo (I14); Não se namorava muito, as relações eram mais na base da amizade e sem compromisso (I15); Namoravamos só por correspondência (I20); Era difícil assumir qualquer compromisso (I31); O namoro era normal (I37); O namoro eram beijos e carícias (I40); Eu acho que os jovens não tinham bem a noção de namoro, podiam gostar de alguém mas tinham vergonha e medo de o assumir (I42).

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II.3.3- Como eram as relações vivenciadas pelos adolescentes da sua geração relativamente à "intimidade"?

A intimidade não existia:
Como hoje a consideramos era então inesxistente (I1); Influênciados por conceitos familiares adquiridos, havia o bloqueio de relações com intimidade (I3); Quase não existia, só em pensamento (I15); Na época não havia muitas condições nem tempo para a intimidade (I19); Sem tempo ou espaço físico para existir (I28); Não havia muita intimidade (I36); Não existia (I37); Era praticamente nula (I39); Não havia (I40); A intimidade era muito reduzida (I44); Não havia intimidades (I50).

A intimidade no namoro era só dar beijos e as relações sexuais só existiam depois do casamento:
Só dentro de casa se davam beijos, as relações sexuais eram depois do casamento (I2); Só depois de nos conhecermos bem e com segurança ne reserva (I16); A intimidade existia nas amizades e nas conversas entre os namorados. Com o namorado conversavam sobre a vidav e davam beijos e abraços (I17); Relações sexuais antes do casamento era um escândala (I18); Durante o primeiro ano só havia beijos na cara (I20); A intimidade era vista naturalmente numa relação de namoro e representava a troca de carinhos e carícias entre duas pessoas que se gostam (I27); A intimidade eram beijinhos e uns abraços (dá umas risadas) (I29); Só depois do casamento é que existiam relações sexuais, mas beijos e carinhos podiam ser dados com moderação durante o namoro (I31); A intimidade só existia perto do casamento ou depois de 1 ano de namoro (I35); Na maior parte das vezes a intimidade só era atingida quando os namoros eram mais longos e após o casamento (I42); A intimidade era tida com alguma timidez (I45).

A intimidade era tida com respeito, de forma saudável:
Naquela altura era tudo com respeito (I5); A intimidade era vivenciada de uma forma saudável (I9); Havia sinceridade e confiança que inspirava respeito na intimidade (I10); A intimidade era muito grande e sempre com muito respeito (I11); Viviam a intimidade de uma forma saudável (I30); A intimidade era tida com confiança e respeito (I32).

A intimidade só existia às escondidas:
Só se propiciava às escondidas ou por sinais das zonas dos rapazes para as zonas das raparigas (I6); Tinhamos a nossa intimidade, só que era muito escondido sem ninguém saber (I7); A intimidade era muito restrita com receio da censura dos outros (I14); Não arriscavamos tanto, tinhamos receio (I23); Acontecia em sitios privados, onde os pares de namorados se encontravam, longe de olhares atrevidos (I25); Nem pensar, quando havia era só às escondidas (I26); Tudo o que era íntimo era para ser vivido "a dois", sem manifestações públicas (I47).

Não tinhamos à vontade para falar sobre intimidade:
Não tinhamos à vonte para falar desses assuntos (I8); Não se falava, se queriamos saber algo tinhamos que procurar (I13); Havia pouca abertura para falar de certos assuntos que ainda eram considerados tabu (I22); Na intimidade não sei como é que cada um vivia, pois nunca entrei na vida particular de ninguém num assunto tão delicado (I24); Só era falada entre amigos mais íntimos, pois não era tão falada como hoje (I34); Podia-se confiar mais nos amigos. Os amigos eram verdadeiros e podia-se desabafar à vontade (I43); Como a própria palavra indica, era só do nosso foro íntimo, não dava para comentar (I46).

Outros:
Havia uma intimidade forte entre as raparigas (I4); Fazia o que podia e o que me deixavam (I21); Não se dava tanta intimidade a tantas pessoas como se dá hoje (I33); Toda a intimidade partilhada com os outros era com muito mais encantamento do que nos dias de hoje (I41); Na intimidade, as minhas amigas tinhas a possibilidade de se relacionar comigo e com toda a a família, era uma relação franca e aberta. No que respeita aos rapazes era cautelosa e pouca (I48).

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II.3.4- Como eram as relações vivenciadas pelos adolescentes da sua geração relativamente às "relações com os pais"?

A relação com os pais era boa:
O estreitamento de relações com os pais é muito benéfico e contribui para o fortalecimento da família e estabilidade da sociedade (I1); A minha relação com os meus pais sempre foi boa, a minha mãe sempre teve muito tempo para mim, o meu pai quando vinha do seu emprego também gostava de dialogar com os filhos (I9); A relação com os meus pais é a melhor do mundo (I10); Havia bom entendimento entre pais e filhos. Os pais obrigavam a trabalhar muito e a relação era amigável e educativa (I17).

A relação com os pais era boa, mas não existia abertura em relação à sexualidade:
Na relação com os pais não existia aquela cumplicidade actual, os pais na sua maioria fugiam das perguntas e consequentes respostas (I14); A relação com os pais era boa, embora não muito aberta (I6); Os pais não entendiam determinadas situações tão abertamente como os pais de hoje (I18); Tinhamos uma relação muito reservada, não falavamos muito de sexualidade (I23); Era muito boa, mas também bastante fechada (I25); A relação com os pais era uma relação de respeito, obediência e muito fechada. Os adolescentes não compartilhavam com os seus pais as suas preocupações e desejos (I27); Falava-se de pouca coisa, uma vez que tinhamos muitos tabus (I33); A relação com os pais era boa, mas eram muito rígidos (I34); A relação com pais relativamente a conversas sobre sexualidade era nula e metiam-nos medo relativamente à gravidez (I35); A relação com os pais era muito fechada (I36); Não existia (I37); Não se falava de sexo de forma alguma, só se falava de estudos (I40); Havia aquele clima de respeito e tabus com os pais. As relações deviam ser mais abertas (I41); Compouca abertura relativamente aos assuntos sexuias, mas com amizade no resto (I47); Com os pais comunicava-se com respeito e com alguns tabus em relação à sexualidade (I49); Era com muitos tabus (I50).

A relação com os pais era de respeito e obediência:
Respeitavamos muito os pais (I2); Tinhamos que ser obedientes e haver o máximo de respeito para com eles (I4); Principalmente, havia muito respeito pelos pais (I5); Com os pais a relação era à base do respeito (I7); Era com muita humildade e obediência, além do respeito pelos pais (I11); Era de respeito e obediência sem muitas exigências da nossa parte (I15); Os pais na altura eram muito mais severos, mas havia mais respeito do que hoje (I19); O relacionamento com os pais era bom, pois havia muito respeito e muita disciplina (I24); Dava-me muito bem com os meus pais mas tinha-lhes muito respeito (I29); Eu vivi como os meus filhos vivem hoje: confiança e respeito e, acima de tudo, bons amigos (I32); Tinhamos um extremo respeito por eles (I38); Havia muito respeito e obediência (I42); A relação com os pais era forte e de respeito (I45); A relação com os pais era aberta, com respeito e com muito sentido de responsabilidade (I48).

A relação com os pais era de respeito, distância e baseada no medo:
As relações com os pais eram distantes e baseadas no medo (I3); O relacionamento com os pais era de muito respeito e com um pouco de medo (I8); Era muito rigida, no meu tempo não se falava de sexualidade como se fala hoje, muito menos com os pais. A gente trabalhava todo o dia, à noite iamos para a cama cedo e mal falavamos (I12); Eramos mais distantes, tinha que haver obediência e não propriamente amor afectuoso (I13); Era muito controversa, com alguns problemas com o pai e uma relação mais estável com a mãe (I16); Dos meus pais nunca conheci afecto, apenas autoridade e chicote (I21); Havia mais medo, mas também muito mais respeito (I22); A relação com os pais era sem intimidade nem amizade, com muito respeito e tinhamos que aceitar o que diziam mesmo que não concordassemos (I26); Eram mais frias e distantes que as actuais (I28); Os pais eram muito severos (I31); A relação com os pais era muito fraca, existia o respeito do "chicote" com pouco diálogo (I39); Era um pouco distante. Os nossos pais não tinham instrução suficiente para educar os filhos sobre a sexualidade (I43); A relação com os pais era de medo (I44).

Outros:
Trabalhar para os pais com uma vida difícil (I20); Tinham uma relação aberta com os pais e esclareciam algumas dúvidas com eles (I30); Sempre houve e haverá divergências! É necessário muito diálogo e amizade (I46).

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II.4.1- O que pensa relativamente aos comportamentos e atitudes dos adolescentes da actualidade na "relações com os pais"?

Actualmente o relacionamento dos adolescentes com os pais é mais próximo:
O estreitamento das relações com os pais é muito benéfico e contribui para o fortalecimento da familia e estabilidade da sociedade (I1); Há maiores e melhores relações com os pais e uns e outros não mais desinibidos, embora em alguns casos se caia no exagero (I14); Os adolescentes comportam-se da mesma maneira que os pais se comportam com eles havendo diálogo e compreensão (I32); Existe uma relação mais cumplice e liberal entre pais e filhos. Cada vez mais os pais ocupam posições de amogos (I41); Por vezes existe alguma facilidade no tratamento que se tem com os pais, no entanto devem ser os pais a passar para os filhos determinadas regras e conceitos, para que os adolescentes aprendam a ter um comportamento digno (I48).

Há um relacionamento mais aberto com os pais:
As relações com os pais são mais abertas, com mais confiança e há uma maior dependência dos filhos (I3); A relação com os pais é muito mais aberta e descontraída (I6); O relacionamento com os pais na actualidade é mais aberto, mas, por vezes, chega ao abuso (I8); Eu acho que agora os adolescentes se sentem mais à vontade com os pais do que antigamente (I23); A relação dos adolescentes com os pais é muito aberta, desprovida vde preconceitos e tabus, propiciando uma troca de informações enriquecedora (I25); Os adolescentes sabem que podem conversar sobre qualquer assunto com os pais (I26); Penso que na actualidade a relação dos adolescentes com os seus pais é uma relação muito mais saudável e aberta do que a que existia no meu tempo. Verifica-se uma relação de amizade (I27); As relações com os pais são abertas e carinhosas (I28); O relacionamento com os pais é melhor que antigamente, pois falasse de tudo um pouco (I33); Os pais e filhos falam bastante e há mais amor (I34); Há mais abertura no diálogo, mais conversas com os filhos desde pequenos e sobre tudo o que eles queiram saber (I35); É uma relação mais aberta (I37, I39); Por mim falo, pela experiência que tenho actualmente somos muito mais abertos (I40); Há uma maior abertura mas, por vezes, abusiva (I47); O relacionamento é mais aberto e mais comunicativo (I49); Têm uma relação aberta e sem preconceitos (I50).

Os adolescentes têm mais liberdade e um relacionamento mais distante com os pais:
Os filhos agora têm muita liberdade (I4); Os adolescentes estão um pouco desligados da família (I7); Tudo depende da educação dada pelos pais e do feitio do filho, mas hoje em dia é uma relação mais distante (I16); Têm uma relação saudável com os pais, embora os pais dediquem pouco tempo aos filhos devido às suas profissões (I30); Acho demasiado moderno, os filhos exigem muito dos pais e não têm a noção do que é a vida (I43); Os adolescentes são demasiado livres (I44).

Os adolescentes não respeitam os pais:
Não há respeito entre filhos e pais e há pouca compreensão entre pais e filhos (2); já não há respeito nem pelos pais nem pelos mais velhos (I5); Acho que hoje em dia muitos filhos não conversam com os pais devidamente, pois não existe tanto respeito como antigamente e, além disso, muitos pais não têm o tempo necessário para estarem com os filhos, o que é muito mau (I9); É simples, não há respeito, mas há excepções (I10); Já não há respeito (I12); Os adolescentes são mais chegados aos pais, mas são mais mal educados (I13); Os adolescentes em relação aos pais são exigentes, críticos e pouco obedientes (I15); Os adolescentes são brutos, malandros, mal educados, não dão valor ao que têm e não respeitam os pais (I17); O respeito já não é como era (I18); Hoje a falta de respeito pelos pais é gritante e há situações em que quase se invertem os papéis (I19); Os adolescentes são mal educados e hipócritas (I20); Há mpouco respeito dos adolescentes com os pais e têm pouco respeito com eles (I21); Hoje muitos pais são comandados pelos filhos (I22); Na actualidade ainda há jovens que respeitam muito os seus pais, no entanto, já se vê muito abuso e falta de respeito em relação à família (I24); Há alguns adolescentes que parece que mandam nos pais (I29); Não há tanto respeito como há uns anos atrás (I31);Entre pais e filhos existe menos respeito, embora haja excepções (I36); Os filhos mandam nos pais (I38); Penso que não existe tanto respeito e obediência por parte dos adolescentes, sendo também alguns mais agressivos (I42); Os adolescentes são menos respeitadores e mais independentes com excepção da componente financeira (I45); Há menos respeito, porque há liberdade a mais (I46).

Os pais não sabem educar os filhos:
A relação com os pais é muito má, hoje os pais não sabem educar os filhos, são bonecos nas maos deles (I11).

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II.4.2- O que pensa relativamente aos comportamentos e atitudes dos adolescentes da actualidade na "relação com o(a) namorado(a)"?

As relações entre namorados são imaturas, irresponsáveis e muito permissivas:
Depende dessas relações. Se vão ao ponto de substituir a família tradicional, considero-as altamente perigosas para os namorados e a sociedade (I1); São muito imaturas (I2); Na nossa visão os comportamentos dos namorados adolescentes são muito complexos, pois têm relacionamentos pouco estáveis e isentos de valores (I3); Quando era sério havia maior respeito um pelo outro e só se confiava depois de se conhecer bem a sua personalidade (I14); As relações são muito instáveis e há permissividade em demasia (I15); É tudo muito impensado, são muito imaturos (I18); Os namoros são instáveis, ou são muito pocessivos ou aceitam tudo em nome da liberdade (I19); Brinca-se muito com os sentimentos das pessoas (I22); Hoje em dia deparamo-nos com mais liberdade a todos os níveis, mas essa liberdade devia ser mais moderada (I24); Zangam-se muitas vezes e falam mais (I33); Há muita irresponsabilidade (I38); As relações de namoro são mais passageiras e menos maduras (I45).

Levam o namoro como uma brincadeira, para se divertir:
Depende, há casos e casos. Existem casos de namorados que se respeitam, mas hoje em dia, já nem se vê a namorar só andam para se divertir (I9); É tudo muito relativo, namoram à base da brincadeira (I11); Só pensam em "curtir" e não querem ter nada sério (I31); Levam tudo a brincar, não assumem as responsabilidades (I36); A relação entre os namorados é pouco séria (I39); Acho que o namoro dos adolescentes da actualidade, na maior parte dos casos, é mais um convívio amoroso de aproximadamente um mês (I42).

Há mais afectividade no namoro e vivem as experiências mais cedo:
As relações entre os namorados são desrespeitosas, mas mais carinhosas (I13); Há mais afectividade e vivem as suaas experiências mais cedo do que nós vivemos (I16); Os namorados são superdesenvolvidos, não perdem tempo, esta vida são dois dias (I40).

Os namorados sentem-se mais à vontade e com mais liberdade:
Sentem-se mais à vontade (I23); Penso que é mais fácil e não precisam de se esconder (I26); Com tempo, com liberdade, mas penso que mais superficiais (I28); Vivem um namoro mais aberto, pois falam abertamente das suas dúvidas em relação ao parceiro (I30); Os comportamentos dos namorados adolescentes actualmente reflectem a abertura mais liberal de toda a nossa sociedade (I49).

A relação entre os namorados é mais aberta e de igualdade:
No namoro prevalece a abertura e a franqueza, mas também há falta de respeito em certas situaçãoes (I25); Vivem o namoro de um modo diferente, mais aberto (I34); É uma relação de igualdade (I37); Há mais uma relação de igual para igual e as meninas estão mais atrevidas (I47); A relação entre os namorados é muito aberta e sem qualquer problema (I50).

Perdeu-se o romantismo no namoro e a relação é mais física:
A relação com o namorado, no meu entender, desvirtuou-se um pouco. Perdeu-se um certo romantismo e tornou-se uma relação demasiado física (I27); As relações são muito levadas ao extremo, o que por vezes perde o encantamento do namoro (I41).

Os namorados não se privam de nada, mesmo na via pública:
Os namorados não se privam de nada, mesmo na via pública (I4); É uma pouca vergonha (I5); Sem preconceitos e sem vergonha ou timidez de mostrar os sentimentos (I6); Parece uma coisa do outro mundo (I7); Hoje a liberddae é demasiada, há falta de respeito por tudo e por todos (I8); As moças são piores do que eles, já não há dignidade, embora hajam casais ajuizadinhos há liberdade a mais (I12); Os namorados sõa muito descarados, porque fazem figuras tristes em público, é escandaloso (I17); No namoro há exibicionismo (I20); Os rapazes têm atitudes pouco digna de futuros maridos e, às vezes, até têm atitudes nojentas (I21); O namoro é um disparate, fazem dele uma brincadeira e comportam-se como verdadeiros animais, não são discretos (I43).

Outros:
Hoje em dia vê-se mais beijos e assim, mas não tenho visto nada que me escândalize (I29); O namoro é igual, pois o amor não muda, apenas mudam as idades e as opiniões (I32); Têm que ter maturidade e saber o que querem (I35); A relação de namoro é má (I44); Penso que o conceito de "namoro" não existe, é mais de amigos e companheiros (I46); O namoro é mais de amizade e de respeito (I48).

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