Estudo petrográfico e químico-mineralógico de encraves microgranulares máficos associados a granitos biotíticos tardi-hercínicos da região de Braga-Vieira do Minho (Norte de Portugal)

Tese de mestrado apresentada por Lurdes Veloso em 1994, 181 p.

Resumo
Os encraves microgranulares máficos em estudo encontram-se associados aos granitos hercínicos biotíticos tardi a pós-F3 de Braga e Agrela (região de Braga-Vieira do Minho). A instalação destes granitos ocorreu há 307-310 Ma, em estreita dependência da zona de cizalhamento dúctil Vigo-Régua. Trata-se de granitóides híbridos que revelam identidade composicional e evolutiva.
As fácies graníticas de Braga e Agrela encerram numerosos encraves microgranulares máficos, os quais apresentam forte variabilidade função da dimensão, da forma e das características petrográficas (mineralógicas e/ou texturais), encontrando-se presentes as mesmas tipologias de encraves nas duas fácies graníticas: (1) encraves mesocratas com quartzo ocelar; (2) encraves mesocratas de grão fino; (3) encraves leucocratas de grão fino a médio.
De referir que os encraves microgranulares máficos e os granitos hospedeiros exibem a mesma associação mineralógica: plagioclase + biotite + quartzo ± feldspato potássico. Contudo observam-se diferenças composicionais entre os encraves microgranulares máficos e os respectivos hospedeiros graníticos. Verifica-se a existência de uma tendência evolutiva contínua delineada no sentido encraves mesocratas de grão fino -> encraves leucocratas de grão fino a médio -> matrizes graníticas. Os encraves com quartzo ocelar geralmente afastam-se desta tendência. Contudo, esboçam uma aproximação à evolução composicional dos restantes encraves microgranulares máficos.
A integração dos dados disponíveis permite admitir que os encraves em estudo resultaram da cristalização de um magma de composição distinta do magma granítico. Para os encraves microgranulares máficos associados aos granitos de Braga e Agrela admite-se uma origem ígnea, com instalação contemporânea e cristalização quase simultânea dos dois magmas associados. O estudo efectuado permite pôr em evidência a intervenção de processos de hibridação entre o magma mais máfico e o magma granítico. Os processos de hibridação que justificam a evolução observada nos encraves microgranulares em estudo são:


Para esclarecimentos adicionais contactar a Prof.ª Drª Graciete Dias.

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