Geoquímica de superfície em rochas basálticas continentais (Portugal).
Comportamento das terras raras.

Tese de doutoramento apresentada por Isabel Prudêncio em 1993, 233 p.

Resumo
Neste trabalho estudam-se as transformações químicas e mineralógicas associadas á alteração de rochas basálticas continentais do centro e sul de Portugal, com especial atenção para o complexo vulcânico de Lisboa. Pretende-se com este tema atingir dois objectivos gerais:

    (1) conhecer a mineralogia e geoquímica das alterações de rochas basálticas, solos e paleossolos; e
    (2) contribuir para o conhecimento do comportamento das terras raras em ambientes continentais superficiais sob clima temperado do tipo mediterrânico.

Os processos de alteração das rochas basálticas do centro e sul de Portugal são predominantemente de natureza meteórica, semelhante aos encontrados em regiões de climas temperados com estações contrastantes. As esmectites são os minerais de argila dominantes na fracçãoe raramente se encontram interestratificados. As haloisites ocorrem e dominam nos declives mais acentuados, enquanto que as esmectites dominam as terras baixas.

Nos perfis de meteorização ocorrem frequentemente carbonatos, normalmente calcite, de origem supergénica, por vezes associados a minerais de argila a preencherem fissuras e vacúolos das rochas, reflectindo uma aridez suficiente para ocorrerem fenómenos de ascenção de soluções e precipitação pós-evaporação. A análise do comportamento das terras raras nos perfis de meteorização mostrou que, em climas temperados, estes elementos podem ser mobilizados, fraccionados, transportados e reprecipitados em condições favoráveis.

Em geral, o comportamento das terras raras em clima mediterrânico parece ser semelhante ao já observado em climas tropicais, mas com uma menor intensidade da meteorização química.


Para mais esclarecimentos, contactar o Profª. Drª. Maria Amália Braga.

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