Regimes de deformação do autóctone no sector de Carreço (Viana do Castelo-NW de Portugal)

Pamplona J. & Ribeiro A.

Apresentado na XIII Reunião de Geologia do Oeste Peninsular, Salamanca, 1995

Resumo
Os terrenos da área em estudo pertencem ao Auctóctone da ZCI e caracterizam-se pela ocorrência de psamopelitos e quartzitos, xistos quiastolíticos com alguns níveis de óxidos de ferro, micaxistos com nódulos de andaluzite e granada e xistos estaurolíticos (todas as litofácies pertencem ao Ordovícico). As rochas intrusivas estão representadas pelo granito de Bouça do Frade.
Tectonicamente, verifica-se que no início da F1 existe um regime transpressivo de componente sinestrógira que origina dobramentos, a superfície S1 de plano axial, falhas/cisalhamentos sinestrógiros. No final da F1, assiste-se à passagem a um regime de deformação tangencial para E originando estiramento em "a" e dobras em baínha. O facto mais significativo que ocorreu durante a F2 foi a passagem dum regime compressivo, que originou essencialmente desligamentos conjugados, a um regime de deformação tangencial para W. Este último, é decisivo na ocorrência do extravasamento laminar do plutonito de Bouça do Frade e, consequentemente, do aparecimento de falhas inversas/cavalgamentos; de dobras com plano axial moderadamente inclinado e com inclinação < 30°; de xistosidade de fractura com inclinação variável e dependente da maior proximidade (pouco inclinada) ou menor proximidade (moderadamente inclinada) ao plutonito de Bouça do Frade. A F3 é caracterizada por transpressão sinestra que origina dobras abertas e corredores de cisalhamento conjugados.

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