Geomorfologia do Parque Natural de Montesinho: controlo estrutural e superfícies de aplanamento

P. Pereira, D. I. Pereira, M. I. Caetano Alves & C. Meireles

Apresentado no VI Congresso Nacional de Geologia, Caparica, Jun/2003
Publicado em Ciências da Terra (UNL), Lisboa, nº esp. V, CD-ROM, pp. C61-C64

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Resumo
É apresentada uma observação geomorfológica de conjunto da área do Parque Natural de Montesinho (PNM), no que diz respeito aos controlos litológicos e tectónicos das grandes linhas da paisagem e às principais superfícies de aplanamento.
O PNM, situado no nordeste de Portugal, encontra-se na transição entre o Planalto Transmontano e as Montanhas Galaico-Leonesas, apresentando por isso características de ambos os domínios paisagísticos.
A tectónica alpina e a grande diversidade litológica associada a uma tectónica mais antiga são as principais condicionantes da geomorfologia da região. Por outro lado, a reactivação alpina de falhas antigas foi determinante na morfologia do sector oriental do parque. A paisagem do PNM reflecte ainda etapas de aplanamento, identificando-se quatro superfícies principais: 1300-1400 metros, na Serra de Montesinho; 1050-1150 metros, nas regiões de Guadramil, Soutelo e de Vinhais-Coroa; 900-950 metros, nas regiões da Alta Lombada, Aveleda (com depósitos fini-terciários), Espinhosela, Moimenta, Lomba e Pinheiros; 650-750 metros, na região de Bragança-Quintanilha, com presença de depósitos mio-pliocénicos. A superfície de Onor (850-900 metros) tem expressão local, no contexto da depressão tectónica de Baçal. O nível dos 900-950 metros é o mais representativo na área do PNM.

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