SEXUALIDADES E EDUCAÇÃO SEXUAL
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5. Como nos sentimos quando falamos sobre intimidade nestas aulas:
* Os números dos alunos são simulados
  • Se estivessem mais adultos na sala de aula ou até parentes nossos seria mais difícil falar de intimidade e seria mais fácil se estivessem pessoas da nossa idade a explicarem-nos isto. (8º A, alunos*1)
  • Senti-me bem porque é normal falar sobre a intimidade na nossa idade. Seria mais difícil discutir este assunto se fosse a minha opinião pessoal, mas na situação em que nos encontramos, em grupo, é mais fácil. (8º A, alunos* 2, 10)
  • Apesar de não ter participado muito na aula, não me senti embaraçada. Acho que seria mais difícil discutir isto se tivessemos os pais dentro da sala de aula. Talvez fosse mais fácil se só estivessemos entre raparigas. (8º A, alunos* 3)
  • A situação em que seria mais difícil discutir era se falassemos com os pais ou os professores se nos masturbamos ou se já tivemos relações sexuais. A situação que seria mais fácil discutir era se já namoramos ou curtimos com alguém e discutir o assunto com os nossos melhores amigos. (8º A, alunos* 4)
  • Seria mais difícil responder a perguntas mais íntimas e mais fácil discutir com os colegas. (8º A, alunos* 5)
  • Não me senti muito à-vontade, mas ainda vou discutindo sobre o assunto. Sinto-me melhor ao falá-lo com a minha melhor amiga ou com as amigas. (8º A, alunos* 6)
  • Teria sido mais difícil discutir com as pessoas mais velhas. Teria sido mais fácil discutir com os amigos que são da nossa idade. (8º A, alunos* 7)
  • Senti-me envergonhado, porque não é normal uma pessoa falar da sua intimidade. É muito mais dificil falar disto com os pais do que com os amigos. (8º A, alunos* 9)
  • Senti-me bem. Como estamos entre amigos falamos abertamente. (8º A, alunos* 12)
  • Senti-me bem. Se houvesse mais adultos na sala não me tinha sentido. (8º A, alunos* 13)
  • Senti uma certa curiosidade e uma necessidade de participar na aula, de forma a dar a minha opinião sobre as perguntas propostas. Teria sido mais difícil discuti-las se as perguntas exigissem uma opinião mais íntima, o que faria com que ficasse com vergonha. (8º A, alunos* 14, 17)
  • Ao falar no assunto fico atrapalhado. Em conjunto e com pessoas da minha idade acho que é mais fácil discutir, porque há pessoas que se sentem mais à-vontade ao falar no assunto. (8º A, alunos* 15)
  • Por exemplo, na intimidade, na masturbação eu não falaria se me masturbo ou não, porque isso é mais pessoal. Teria sido mais difícil discutir sobre as relações sexuais em que nós falámos. Teria sido mais fácil falar sobre os beijos que nós damos quando namoramos com alguém ou curtir. (8º A, alunos* 16)
  • Era mais fácil falar entre amigos e mais difícil falar com os outros professores e adultos. (8º A, alunos* 20)
  • Senti-me bem. Quando queria dar a minha opinião dava, pois estava à-vontade. Seria mais difícil falar se fossem perguntas sobre a nossa intimidade. (8º A, alunos* 21)
  • Eu senti-me bem ao discutir as expressões de intimidade, porque as perguntas não eram dirigidas directamente para mim, assim podia expressar a minha opinião sem ninguém saber, porque estavamos em grupo. (8º A, alunos* 22)
  • SEnti-me bem e à-vontade. Não houve nenhuma situação em que tivese mais dificuldade em discutir. A situação mais fácil foi a adolescência, porque é a fase que estou a passar! Interessei-me e participei. Também me senti à-vontade a falar com a professora. (8º A, alunos* 24)
  • No início do projecto era bastante embaraçoso falarmos destes assuntos com os colegas, pois nunca nos tinha surgido uma oportunidade semelhante a esta. Algumas aulas depois do início da actividade o à-vontade começou a surgir naturalmente, pois começámos a sentir-nos mais seguros e com mais intimidade para falar-mos destes assuntos. A situação mais difícil era quando tinhamos que ler as fichas elaboradas perante a turma. (8º D, alunos* 25)
  • Senti-me segura e sem vergonha. (8º D, alunos* 26)
  • Senti-me normal. Seria mais difícil se estivesse no meio de pessoas que não conheço e mais fácil se estivesse no meio de familiares e amigos mais intimos. (8º D, alunos* 27)
  • Ao princípio não sabia como reagir! Mas senti-me bem. Acho que todas as situações foram fáceis de discutir. Não houve nenhuma situação difícil. (8º D, alunos* 29)
  • Eu no início não me senti muito à-vontade. Não é muito hábito falar sobre estes assuntos com professores, mas depois mudou tudo, senti-me muito à-vontade e agora gosto bastante de falar nesses assuntos pois esclareço as minhas dúvidas de uma forma natural. Teria sido muito mais difícil e embaraçoso falar com alguém que nós não conhecessemos e teria sido mais fácil falar com colegas. (8º D, alunos* 30)
  • Aprendi que ao longo dos anos as pessoas mostram carinho de formas diferentes e cada vez que ficam mais velhos têm menos desejo de fazer algumas coisas. Seria mais difícil falar sobre intimidade em casa e mais fácil com os colegas. (8º D, alunos* 31)
  • Nestas questões apenas imaginei os carinhos e cuidados que se têm que ter com as pessoas desde bebés até atingirem uma idade mais velha e, também, nas coisas apropriadas à nossa idade. Nestas actividades senti-me à-vontade para com a professora e com os meus colegas, mas acho que a maioria dos meus colegas não se sentem à-vontade para falar deste tema em casa, tal como eu. (8º D, alunos* 32)
  • Eu gostei, fiquei a saber várias maneiras de como se demonstra a intimidade sem dar por ela. Acho que me sento bem ao discutir sobre isso com os meus colegas. Foi mais fácil discutir estes assuntos na sala de aula. (8º D, alunos* 33)
  • Eu senti-me normal. Para mim todas as situações teriam sido fáceis. (8º D, alunos* 34)
  • Sinto-me melhor a falar sobre intimidade em casa com os meus pais. Seria mais difícil com pessoas estranhas e mais fácil com a minha mãe e com os meus colegas. (8º D, alunos* 35)
  • No início tive um pouco de vergonha, mas depois comecei a sentir-me mais à-vontade. (8º D, alunos* 36)
  • Senti que foi fácil falar sobre intimidade, porque porque já passei por algumas idades e ainda me encontro nas idades descritas, por isso, tenho aqueles comportamentos de intimidade que mencionei. Seria mais difícil falar sobre isto com a minha família e mais fácil com os amigos. (8º D, alunos* 37)
  • Eu senti-me bem porque pude esclarecer as minhas opiniões e as dos outros nas situações em que tinhamos opiniões diferentes. (8º D, alunos* 38)
  • Eu senti-me à-vontade e acho que o melhor sítio para se conversar sobre isto era a sala de aula e o pior sítio era numa igreja e na catequese. (8º D, alunos* 39)
  • Aprendi que não sabia algumas formas de intimidade que conhecia pertenciam à intimidade. Foi um bocado difícil porque alguns alunos não estavam interessados. Seria mais fácil se esses alunos estivessem interessados. (8º D, alunos* 40)
  • Senti-me um pouco envergonhada. Talvez fosse mais difícil à frente de toda a família. (8º D, alunos* 41)
  • No princípio senti-me um pouco incomodada, mas depois senti-me completamente à-vontade. (8º D, alunos* 42)
  • Senti-me um pouco envergonhado e senti-me pouco à-vontade com os meus colegas. Sentia-me mais à-vontade em minha casa. (8º D, alunos* 43)
  • Senti-me bem e com à-vontade. A situação mais difícil seria no meio de pessoas que não conheço e mais fácil seria no meio de amigos e na sala de aula. (8º D, alunos* 44)

CONCLUSÕES
Para nós, seria mais fácil discutir estes assuntos com os amigos e muitíssimo mais difícil discuti-los com os nossos pais ou com outros professores, isto porque, de certa forma, já nos sentimos com algum à-vontade para falar com a professora sobre sexualidade. É de notar que, para alguns assuntos, não nos sentimos à-vontade com os amigos, pois no final da aula é com a professora que vamos ter (mais raparigas do que rapazes) para esclarecer alguns pormenores do que foi dito, assuntos que preferimos discutir com privacidade.

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